Na Contramão da Responsabilidade: Oruam, Fama e o Preço da Imprudência
A recente prisão do artista conhecido como Oruam levanta questões cruciais sobre responsabilidade, comportamento e as consequências de nossas ações, especialmente quando figuras públicas estão envolvidas. É imperativo analisar os fatos com objetividade, evitando julgamentos precipitados baseados em preconceitos ou associações familiares.
Oruam, cujo nome verdadeiro é Mário Sérgio, foi detido após evadir uma blitz policial, realizar manobras perigosas em vias públicas, incluindo dirigir na contramão, e registrar essas ações em vídeo. Tais comportamentos não apenas violam leis de trânsito, mas também colocam em risco a vida de pedestres e outros motoristas.
É fundamental separar a identidade artística e pessoal de Oruam da de seu pai, Marcinho VP, conhecido por seu envolvimento no crime organizado. Oruam tem afirmado repetidamente que não escolheu sua ascendência e que sua carreira é independente das ações de seu pai. Portanto, julgá-lo com base em sua linhagem é injusto e perpetua estigmas sociais.
Embora Oruam não seja responsável pelos atos de seu pai, suas próprias ações recentes são questionáveis. Evadir uma blitz e dirigir de forma imprudente são infrações graves. Registrar e divulgar tais atos sugere uma tentativa de glamourizar comportamentos perigosos, o que é especialmente preocupante vindo de alguém com influência sobre o público jovem.
Alguns defendem Oruam, alegando que sua prisão é resultado de preconceito por ele ser oriundo de uma favela. No entanto, a origem social não deve servir como escudo para justificar comportamentos ilegais. A lei deve ser aplicada de maneira equânime, independentemente da classe social ou origem do indivíduo.
As ações de Oruam poderiam ter resultado em tragédias. Manobras perigosas e direção na contramão aumentam significativamente o risco de acidentes fatais. Se um inocente fosse ferido ou morto, a narrativa seria ainda mais grave, e as consequências legais e morais seriam devastadoras.
Defender atos irresponsáveis apenas porque o indivíduo é uma figura pública ou compartilha da mesma origem social é contraproducente. Tal apoio pode ser interpretado como endosso a comportamentos que colocam vidas em risco e desrespeitam as leis estabelecidas para garantir a segurança de todos.
Como sociedade, é nosso dever condenar ações que ameaçam o bem-estar coletivo. Isso inclui responsabilizar figuras públicas por seus atos, pois elas servem de exemplo para muitos. A mudança que desejamos ver no mundo começa com a promoção de comportamentos responsáveis e a rejeição de ações que colocam outros em perigo.
A prisão de Oruam não deve ser vista como perseguição baseada em sua origem ou parentesco, mas como resultado de suas próprias escolhas. É essencial que todos, independentemente de sua posição ou background, sejam responsabilizados por suas ações. Somente assim poderemos construir uma sociedade mais justa e segura para todos.
Trago fatos , Marília Ms
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